Competências Empreendedoras na Indústria Criativa: Meios e necessidades de Aprendizagem de Músicos

Authors

DOI:

https://doi.org/10.14211/regepe.v9i4.1791

Keywords:

Competências Empreendedoras, Indústria Criativa, Processo de Aprendizagem, Indústria da Música

Abstract

Objetivo: compreender como músicos aprendem e quais são as suas necessidades de aprendizagem de competências empreendedoras.

Metodologia/abordagem: a pesquisa é qualitativa. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 31 músicos independentes brasileiros. Os dados foram analisados via codificação aberta, com apoio do software NVIVO.

Principais resultados: com relação ao aprendizado, os resultados indicam que a maioria dos músicos aprende melhor por meio da prática, busca informações e conteúdos no Youtube e tem dificuldades de concentração ao aprender. Quanto às necessidades de aprendizagem de competências empreendedoras, destacam-se as competências de gestão, especialmente gestão do tempo e organização.

Contribuições teóricas/metodológicas: o artigo contribui com estudos sobre empreendedorismo na indústria criativa, com foco no campo da educação empreendedora no setor das artes, considerando a Teoria da Aprendizagem Experiencial (TAE) como lente teórica. Traz evidências sobre como a aprendizagem experiencial ocorre nesse contexto.

Relevância/originalidade: este artigo traz evidências sobre o processo de aprendizagem de profissionais criativos (músicos) e revela as suas principais necessidades de desenvolvimento de competências empreendedoras.  A pesquisa fornece informações relevantes para a elaboração de futuras propostas de capacitação desses profissionais.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Tatiane Brum de Oliveira Reis, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

Tatiane Reis é doutoranda em Administração pela Universidade do Vale dos Sinos - UNISINOS (2016), onde pesquisa sobre o uso da gamificação para o desenvolvimento de competências empreendedoras de profissionais da Indústria Criativa. Mestre em Turismo e Hotelaria pela Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI (2010). Bacharel em Turismo pelo Centro Universitário Franciscano - UNIFRA (2005). Empreendedora e professora universitária há mais de 11 anos, sendo 6 deles dedicados à coordenação de curso de graduação. Atuou em diversas posições de liderança em organizações institucionais, educacionais e associações sem fins lucrativos. Trabalha com desenvolvimento de competência empreendedoras e seu impacto na construção de ambientes de trabalho mais humanos e inovadores. Usando Aprendizagem Experiencial trabalha especialmente com o desenvolvimento de habilidades comportamentais. É sócia da ONE Produtora Musical (SP) e CEO do NovoArtista.com (SP) uma plataforma de educação online focada na profissionalização da carreira de músicos independentes e bandas. Neste momento realizando seu doutorado sanduíche na École des Hautes Études Commerciales de Montréal/Canadá pesquisando sobre competências empreendedoras, aprendizagem experiencial e gamificação. Áreas de interesse: desenvolvimento de competências empreendedoras, aprendizagem experiencial, desenvolvimento humano, gamificação e empreendedorismo.

Amarolinda Iara da Costa Zanela Klein, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

Amarolinda Klein é pesquisadora do CNPq (Bolsista Produtividade), é doutora em Administração pela FEA/USP (2005), pós-doutora em Administração pela Université Pierre Mendès France - Grenoble - França (2012-2013), foi PhD research student da London School of Economics and Political Science (LSE) - Londres - Inglaterra - (2004-2005). Atualmente é Professora Titular do Programa de Pós-Graduação em Administração da Escola de Gestão e Negócios da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) - RS. Possui experiência de pesquisa e de consultoria na área de Administração/Tecnologia/Sistemas de Informação, incluindo coordenação de projetos de pesquisa CNPq e CAPES. É consultora ad hoc da Capes, CNPq, FACEPE e FAPERGS. Publicou artigos, livros e capítulos de livros no Brasil, Reino Unido e Estados Unidos, e em periódicos como: Journal of Information Technology, Computers in Industry, International Journal of Information and Communication Technology Education, Journal of Global Information Management, Journal IEEE Latin America, International Journal of Learning Technology, Brazilian Administration Review, RAC, RAE, RAUSP, ReAD. É membro de corpo editorial e avaliadora de diversos periódicos e congressos nacionais e internacionais na área de Administração/Sistemas de Informação. É membro do comitê científico da área de Administração da Informação na ANPAD, membro da AIS (Association for Information Systems) e da Academy of Management. Seus tópicos de interesse são: Computação móvel e ubíqua aplicada a negócios, Internet da Coisas (IoT), mudanças organizacionais e geração de inovações com o uso de Tecnologia da Informação. 

References

Abatecola, G., & Uli, V. (2016). Entrepreneurial competences, liability of newness and infant survival: Evidence from the service industry. Journal of Management Development, 35(9), 1082-1097.

Albinsson, S. (2018). Musicians as entrepreneurs or entrepreneurs as musicians? Creativity and Innovation Management, 27(3), 348-357.

Arnold, E., & Pulich, M. (2004). Improving Productivity Through More Effective Time Management. The Health Care Manager, 23(1), 65-70.

Beeching, A. M. (2016). Who is audience? Arts and Humanities in Higher Education, 15(3-4), 395-400.

Bennett, D. (2016). Developing employability in higher education music. Arts and Humanities in Higher Education, 15(3-4), 386-395.

BIS – Business Innovation and Skills Department. (2015). Entrepreneurship skills: literature and policy review. BIS Research Paper, (236), 1-50.

Bujor, A., & Avasilcai, S. (2016). The Creative Entrepreneur: a framework of analysis. Procedia – Social and Behavioral Sciences, 221, 21-28.

Chang, W., J., & Wyszomirski, M. (2015). What is arts entrepreneurship? Tracking the development of its definition in scholarly journals. Artivate: A Journal of Entrepreneurship in the Arts, 4(2), 11-31.

Chaston, I., & Sadler-Smith, E. (2012). Entrepreneurial Cognition, Entrepreneurial Orientation and Firm Capability in the Creative Industries. British Journal of Management, 23(3), 415-432.

Chen, M., Chang, Y., & Lee, C. (2015). Creative entrepreneurs' guanxi networks and success: Information and resource. Journal of Business Research, 68(4), 900-905.

DCMS – Department for Culture, Media and Sport (2001). Creative industries mapping document. Recuperado de https://www.gov.uk/government/publications/creative-industries-mapping-documents-2001

DINO. Divulgador de notícias. [2019]. Recuperado de https://www.terra.com.br/noticias/dino/com-mercado-fonografico-brasileiro-em-constante-expansao-rapper-desponta-no-cenario-internacional,7f5075f34d46f04ed0dbdb14d87008cfl90pluwu.html

Flach, L., & Antonello, C. S. (2011). Cultural organizations and practice-based learning. Cadernos EBAPE.BR, 9(1), 155-1765.

Gangi, J. J. (2017). Towards consensus: suggested foundational building blocks for arts entrepreneurship research and pedagogy. Artivate: A Journal of Entrepreneurship in the Arts, 6(1), 46-62.

Hamidon, Z. (2018). The Learner’s Engagement in the Learning Process Designed Based on the Experiential Learning Theory in Post Graduate Program at Open University Malaysia. Proceedings of the 2nd International Conference on

Education and E-Learning - ICEEL 2018.

Inyang, B. J., & Enuoh, R. O. (2009). Entrepreneurial Competencies: The Missing Links to Successful Entrepreneurship in Nigeria. International Business Research, 2 (2), 62-71.

Jorge, C. F. B., & Sutton, M. J. D. (2017). Funification 2.0: Knowledge mobilization model for corporate and educational game-based learning. World Journal of Science Technology and Sustainable Development, 14(2-3), 84-110.

Kolb, D. A. (1984). Experiential Learning: Experience as the Source of Learning and Development. Englewood Cliffs, N. J., USA: Prentice-Hall.

Kolb, A. Y., & Kolb, D. A. (2005). Learning Styles and Learning Spaces: Enhancing Experiential Learning in Higher Education. Academy of Management Learning & Education, 4(2), 193-212.

Le Boterf, G. (2003). Desenvolvendo a Competência dos Profissionais. Porto Alegre:

Bookman/Artmed.

Macan, T. H., Shahani, C., Dipboye, R. L., & Phillips, A. P. (1990). College students’ time management: Correlations with academic performance and stress. Journal of Educational Psychology, 82(4), 760-768.

Man, T. W. Y., Lau, T., & Chan, K. F. (2008). Home-grown and abroad-bred entrepreneurs in china: a study of the influences of external context on entrepreneurial competencies. Journal of Enterprising Culture, 16(2), 113-132.

Man, T. W. Y., Lau, T., & Chan, K. F. (2002). The competitiveness of small and medium enterprises A conceptualization with focus on entrepreneurial competencies. Journal of Business Venturing, 17, 123-142.

Man, T. W. Y., Lau, T., & Chan, K. F. (2005). The context of entrepreneurship in Hong Kong An investigation through the patterns of entrepreneurial competencies in contrasting industrial environments. Journal of Small Business and Enterprise Development, 12(4), 464-481.

Matetskaya, M. (2015). Education programmes for entrepreneurs in the creative industries in St. Petersburg. Entrepreneurship and Sustainability Issues, 3(1), 66-73.

McFarland, K. (2017). Entrepreneurship Education and Experiential E-Learning: A Literature Review. Developments in Business Simulation and Experiential Learning: Proceedings of the Annual ABSEL Conference, 44(1), 267-273.

Mitchelmore, S., & Rowley, J. (2010). Entrepreneurial competencies: a literature review and development agenda. International Journal of Entrepreneurial Behaviour & Research, 16(2), 92-111.

Morris, T. H. (2019). Experiential learning: a systematic review and revision of Kolb’s model. Interactive Learning Environments, 1-14.

Patten, T. (2016). Creative?... Entrepreneur? Understanding the creative industries entrepreneur. A Journal of Entrepreneurship in the Arts, 5(2), 23-42.

Pimentel, A. (2007). A teoria da aprendizagem experiencial como alicerce de estudos sobre desenvolvimento profissional. Estudos de Psicologia, 12(2), 159-168.

Prastawa, S., Akhyar, M., Gunarhadi, G., & Suharn, S. (2020). The Effectiveness of Experiential Learning Based on Creative Industry to Improve Competency of Entrepreneurship of Vocational High School Students. Proceedings of the 3rd International Conference on Learning Innovation and Quality Education (ICLIQE 2019). Paris: Atlantis Press.

Pró-Música Brasil (2018). Relatório do Mercado Fonográfico Brasileiro e Mundial em 2018. Recuperado de https://pro-musicabr.org.br/wp-content/uploads/2019/04/release-brasil-GMR2019-e-mercado-brasileiro-2018.pdf

Rae, D. (2004). Entrepreneurial learning: a practical model from the creative industries. Education and Training, 46(8/9), 492-500.

Revell-Love, C., & Revell-Love, T. (2016). Competencies of women entrepreneurs utilizing information marketing businesses. Journal of Small Business and Enterprise Development, 23(3), 831-853.

Saldaña, J. (2013). The coding manual for qualitative researchers. London: Sage.

Sandberg, J. (2000). Understanding human competence at work: An interpretative approach. Academy of Management Journal, 43(1), 9-25.

Silverman, D. (2000). Analysis talk and text. Handbook of qualitative research. London: Sage Publications Inc.

Silverman, D. (1998). Qualitative research: meanings or practices. Information Systems Journal, 8(1), 3-20.

Toscher, B. (2019). Entrepreneurial learning in arts entrepreneurship education: a conceptual framework. Artivate – A Journal of Entrepreneurship in the Arts, 8(1), 3-22.

UNCTAD – United Nations Conference on Trade and Development (2010). Recuperado de http://unctad.org/en/Docs/ditctab20103_en.pdf

Unesco – United Nations Education, Scientific and Cultural Organization (2013). Creative Economy Report 2013 [Special Edition]. Recuperado de http://www.unesco.org/culture/pdf/creative-economy-report-2013.pdf

Wyszomirski, M. J., & Chang, W. (2017). Professional Self-Structuration in the Arts: Sustaining Creative Careers in the 21st Century. Sustainability, 9(6), 1-20.

Zabala, A., & Arnau, L. (2010). Como aprender e ensinar competências. Porto Alegre: Artmed.

Zamawe, F. C. (2015). The Implication of Using NVivo Software in Qualitative Data Analysis: Evidence-Based Reflections. Malawi Medical Journal, 27(1), 13-15.

Zarifian, P. (2001). Objetivo competência: por uma nova lógica. São Paulo: Atlas.

Published

2020-09-02

How to Cite

Reis, T. B. de O., & Klein, A. I. da C. Z. (2020). Competências Empreendedoras na Indústria Criativa: Meios e necessidades de Aprendizagem de Músicos. REGEPE Entrepreneurship and Small Business Journal, 9(4), 556–588. https://doi.org/10.14211/regepe.v9i4.1791

Issue

Section

Research Articles